01 a 03 de julho | 2024

5 dicas para entrar no caminho da Influência no Instagram (e ganhar com isso)

Conteúdo produzido por Francesca Sanci exclusivamente para o blog do BCB São Paulo.

Comecei a postar no Instagram há muitos anos. Postava meu dia a dia, o que eu fazia, os lugares que eu ia, como funcionava o meu trabalho, e tudo isso foi na “era de ouro” da plataforma, quando era mais fácil crescer sem necessariamente criar um conteúdo nichado e de qualidade. Cresci lentamente nesse meio tempo e só em 2019 eu comecei a criar conteúdo de verdade e depois do isolamento da pandemia comecei a ter constância na criação de conteúdo, considerando a dificuldade de continuar crescendo o número de seguidores.

Hoje, posso dizer que isso é uma vertente de trabalho minha, e esse texto é exatamente para mostrar a vocês a minha visão sobre esse mercado de influência no meio do bar, considerando que eu hoje monetizo com isso. Logo, as dicas que eu passarei para vocês aqui são baseadas na experiência de alguém quem demorou e errou muito até entender como valorizar o tempo, o estudo e o esforço além de todos os demais investimentos feitos dentro do ambiente virtual.

Esse texto é para você que quer levar a sua criação de conteúdo ao nível da monetização, e eu já adianto. Para isso você não deve considerar as mídias sociais como um hobby ou um extra e sim como um outro trabalho. Então vamos às 5 dicas!


1) Crie conteúdos relevantes para a sua audiência

Entenda quem são os seus seguidores, ou quem são os seguidores que você deseja atrair, considerando também a sua estrutura e espaço físico para as gravações e criações de conteúdo. Convenhamos, fazer conteúdo para profissionais da área é completamente diferente de fazer conteúdo para consumidores finais.

O lado positivo de ser um influencer que foca e cria conteúdo para profissionais da área é criar uma chancela da sua autoridade e conhecimento através daquilo que você compartilha. É quase um portfólio profissional sobre quem é você e o que você sabe. (Voltaremos a esse assunto no último tópico.

Já o lado positivo de fazer conteúdo para um público geral é a facilidade e adesão daquilo que se posta. Convenhamos que é muito mais fácil gravar um vídeo sobre espuma de gengibre e ter dezenas de salvamentos e compartilhamentos do que um vídeo sobre clarificação. Mas aí são escolhas. Se o seu público for majoritariamente profissional da área e você começar a compartilhar esses conteúdos, pode ser que inicialmente você perca muitos seguidores, mas comece a atrair aqueles que você realmente deseja alcançar.

A partir dessa definição do público você deve buscar uma linha lógica de conteúdos, identidade visual e frequência. Acompanhe seus “insights” para entender os modelos que funcionam e não funcionam no seu perfil.

Você não precisa postar todo dia, mas pode tirar um dia no mês para criar o conteúdo do mês inteiro incluindo carrossel e reels focando especificamente em vídeos, que possuem maior entrega. Eu por exemplo gravo conteúdo para postar 3 x por semana, reorganizando, adiantando e adiando algumas postagens dependendo das “pautas” que surgem no caminho.

O importante é não deixar a frequência cair e sempre estimular salvamentos, compartilhamentos e comentários através de áudio ou legendas, sendo possível a utilização de frases que chamem a audiência para conversar com você através das conhecidas “chamadas para ação”:

“Se você curtiu compartilha com aquele amigo que precisa aprender a fazer a caipirinha perfeita”
“Você já conhecia esse licor?”
“Na sua opinião, qual a marca de gim ideal para o seu dry-martini?”. 


2) Feito é melhor que perfeito.

Ok, não estou dizendo para pegar o seu celular projeto de tijolão e começar a filmar com ele. Se eu fosse indicar algum investimento a ser feito, se possível, seria um celular com uma boa câmera e uma ring light com tripé ou algo equivalente. A partir disso você tem o suficiente para fazer vídeos para o reels.

“Ah Fran, mas eu não consigo olhar para a câmera”.
Ninguém nasce sabendo. Até eu aprender a falar com a câmera, demorou bastante, e tudo é treino e evolução. Ainda assim até hoje tem stories que gravo mais de 5 vezes e mesmo assim não ficam perfeitos.

O que eu quero dizer é que tudo será uma desculpa para você iniciar e continuar. Você vai desanimar, mas se desistir, todo o seu esforço será em vão, e sejamos sinceros, todo mundo sabe que as mídias sociais são o presente e o futuro de diversas profissões, então é melhor começar agora e persistir do que ficar para trás.

Te chamarão de blogueirinho(a) de forma pejorativa, como já me chamaram muito, mas sinceramente, quem vai colher os frutos da “blogueiragem” em forma de dinheiro depois?

3) Se conecte com o público e seja você.

Poste onde você está, o que está fazendo, como funciona o seu trabalho, seus gostos pessoais.  O story é por onde você se conecta com os seus seguidores e é por ali que você cria novas relações, amizades e fortalece a sua influência.

Como disse em um podcast que fui recentemente, aprendi com uma amiga que trabalha com social mídia é que autoridade e influência são fundamentais para ter sucesso. Autoridade é a importância que você tem dentro do segmento e o que te torna alguém de referência para falar sobre um assunto. Influência é o poder de convencer as pessoas a aderirem as suas ideias e dicas, a confiança na sua palavra por conta da conexão que sente com você. Os “creators” (nome que damos aos influenciadores que criam conteúdos) com mais seguidores nas mídias sociais no segmento de bar muitas vezes possuem muita influência e pouca autoridade, pois não possuem conhecimento de técnicas e muito menos relevância no mercado e indústria de bar. Agora vamos para uma realidade mais próxima da nossa: Quantos possuem autoridade, mas não influência? São pessoas reconhecidas no segmento de bar, mas não possuem poder de persuasão e estão tão distantes de nós que mesmo sendo uma autoridade, não inspiram em nós a confiança necessária para seguir algo indicado por eles?  

Deu para entender, né? Como todos trabalhamos nesse mercado, precisamos mostrar nossa autoridade e estimular nossa influência, criando conexão com a nossa audiência, e nada melhor do que ser você e compartilhar com os demais as suas opiniões, críticas, questionamentos e indicações.


4) Já construiu um perfil sólido? Mostre a sua importância e prepare o seu Mídia Kit

Acompanhe os insights das suas publicações.
Um perfil sólido é aquele que possui constância, consistência e engajamento. Você já tem algo parecido com isso? As marcas já podem se interessar no seu conteúdo ou já estão te procurando? Então vamos ao mídia kit.

O mídia kit é o seu cartão de visitas e portfólio. Ele é a ferramenta que você utilizará para
negociar o seu preço de parceria com as marcas. Através dele você explica quem você é, sobre o que você fala, qual o seu público, como está o seu engajamento e que tipo de conteúdo você pode fazer.

No google vocês conseguem encontrar alguns modelos, mas eu posso deixar para vocês o meu à disposição para quem quiser utilizar como inspiração ou referência.


5) Monetize. Você tem investido o seu tempo e o seu dinheiro, então está na hora de receber isso de volta.

Vamos falar de umas definições básicas:

a) Com mais de mil seguidores você já é considerado um nano influencer. Fazendo um bom trabalho seu engajamento será BEM alto.
b) De 10 a 50 mil você é considerado micro influencer, e por aí vai (pelo amor de Deus, não comprem seguidores, isso não vai te ajudar em nada para monetizações futuras e renovações de contratos de parceria).

Agora, vamos para algumas questões importantes:

Você começará a receber presentes, os famosos “recebidos”. Postar ou não fica a seu critério, lembrando de sempre deixar claro para a sua audiência que você não comprou aquele produto. Lembrem de sempre postar #publi ou #publicidade ou deixar claro quando aquilo não foi comprado por você e que a sua indicação é por conta de algum tipo de acordo, nem que seja permuta.

Agora vamos a questão da permuta. Já fiz muita permuta nessa vida. Mas convenhamos: para um conteúdo de qualidade, com roteiro e cabeça, corpo e pé, as marcas têm que pagar, e elas PODEM, principalmente a grande indústria.

A minha vida na internet mudou quando eu parei de aceitar miséria em troca de garrafa.
Fazer conteúdo dá trabalho, tanto trabalho que existem empresas especializadas nisso. Então comece a se valorizar. Hoje eu tenho orgulho das minhas parcerias, todas são empresas extremamente sérias e de muita qualidade e que eu tenho muito gosto em realizar os trabalhos, porque eu confio na marca e admiro e agradeço por depositarem em mim a confiança em fazer um trabalho de branding para eles. Ou seja, cobre o seu preço e confie no seu trabalho. Valorize marcas que te valorizam.

Entenda que postar sobre as marcas no seu perfil é divulgar e se ligar a essa marca. Inclusive, uma genialidade que se intensificou durante e pós-pandemia é o que as indústrias começaram a fazer com muito mais frequência: fases classificatórias de campeonatos que estimulam obrigam os participantes a divulgarem um vídeo com a marca nos seus perfis. Um grande movimento de marketing gratuito feito por um batalhão de profissionais do Brasil inteiro. Uma jogada de mestre sem dar um centavo em troca para o profissional, mas enfim, papo para outro post. A discussão seria longa por aqui.

Então voltando...

Se a empresa usará você como um meio de atingir outras pessoas e se ligar a sua figura profissional, você deveria receber por isso.

Dói não fechar aquela publi que você tanto queria? Dói sim. O “não” daquele dinheiro que poderia entrar mas não vai é doído mesmo, mas uma hora você começará a fechar com marcas que realmente valem a pena e que reconhecem o seu trabalho e a sua figura profissional. Quanto a valores, o que vejo do mercado hoje é que dependendo do seu engajamento e qualidade de conteúdo, 4 digitos é a base de qualquer orçamento que inclua post no feed, combo de stories e reels. Mas como eu disse lá em cima, tudo isso é uma visão pessoal minha e você tem a liberdade de depois desse texto, tirar o que você achou de bom daqui e levar para essa sua jornada em meio à sua criação de conteúdo e valorização de você como profissional no meio virtual.

Lembre que a única coisa que você tem nessa vida, ninguém tira de você e você precisa zelar é o seu nome. Se ligue às marcas que paguem o valor do seu trabalho e que sejam realmente sérias.  

Trabalhar com influência é outra forma de empreender dentro do nosso mercado.

 

Conteúdo produzido por Francesca Sanci exclusivamente para o blog do BCB São Paulo.