01 a 03 de julho | 2024

A coquetelaria pode estar em crise

Créditos de imagem: Divulgação - Eduarda Silvestrini

A troca de informações e serviços acerca de bebidas misturadas e destilados mirabolantes já se fazia de maneira natural, muito antes do nosso querido Jerry Thomas mencionar o termo mixologia em 1862. Historicamente, é inegável a influência que a coquetelaria causa nas interações sociais.

A resposta dessa interação vai muito além do coquetel bem executado entregue ao cliente porque, como sabemos, este é o último passo de uma cadeia longa de processos operacionais e humanos. Seja pelo premiado bartender ou por quem serve sua caipirinha na praia, dentro ou fora da barra, a interação está acontecendo e a operação também.

Quantas variações de whiskey sour você já provou? Qual foi a mais interessante? Já parou para pensar no contexto envolvido para esse coquetel chegar até você? Na quantidade direta e indireta de profissionais envolvidos? No quanto a coquetelaria pode ser afetada dado o sistema tradicionalista do mercado de trabalho, onde é tão comum encontrar profissionais exaustos por jornadas duplas, horas extras, falta de equipamento e esgotamento psicológico?

Atualmente, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), é estimado que 264 milhões de pessoas sofram de depressão, uma das principais causas de incapacidade no mundo. Em site, a OMS descreve uma lista, na qual contém riscos para a saúde mental no trabalho, tais como: baixos níveis de apoio ao funcionário, horários inflexíveis e más práticas de comunicação e gerenciamento.

Sendo assim, se fornecêssemos as assistências necessária para uma boa performance no ambiente de trabalho como psicológica, ergonômica e educacional. Poderíamos causar um impacto consideravelmente positivo desde relações sociais internas, passando pela empregabilidade e qualidade de vida, até a execução aprimorada dos coquetéis.

Sabendo que o mundo ideal infelizmente está longe de ser uma realidade, a reflexão de tais fatores nos dá ao menos a possibilidade de nos aproximar dessa utopia, onde o máximo de equilíbrio entre os profissionais e as demandas são atingidas na prática. Levar isso a uma escala menor em atos diários, com certeza contribuirá para melhor execução da coquetelaria e aumento da qualidade de interação social, otimizando o trabalho da gestão por consequência.